O Paraná tem o quinto maior custo de energia elétrica para a indústria do País, com R$ 613,30 por megawatt-hora (MWh), segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Para a Companhia Paranaense de Energia (Copel), os motivos são os tributos estaduais, como Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), encargos setoriais, compras de eletricidade pelo governo federal em leilões e custos do fornecimento pela Itaipu Binacional. Sem isso, a estatal ficaria em décimo no valor da energia.
Mesmo a média nacional já é considerada elevada. O valor de R$ 534,28 por MWh colocou o País no topo da comparação com 27 países feita pela Firjan, à frente de Índia e Itália, que se mantiveram como líderes nos últimos anos. O valor reduz a competitividade da indústria frente a concorrentes estrangeiros e interfere na decisão de empreendedores na escolha do local para a instalação de fábricas.
Em maio de 2014, o custo médio era de R$ 310,70/MWh e o Brasil tinha a 11ª energia mais cara. Vice-presidente da entidade, Carlos Mariani afirma que a alta foi de 48% no País somente nos três primeiros meses do ano e que deve aumentar, porque boa parte das distribuidoras divulgará reajustes até dezembro.
O maior uso de termelétricas para geração de energia está entre os principais fatores que elevaram o preço no País devido à crise hídrica, fato agravado pela falta de planejamento do governo federal, dizem especialistas. Ainda, eles citam que a alta tributação, que no Paraná totaliza 34,5% entre impostos federais e estaduais, atrapalha.
Nesse cenário, o presidente da PSR Consultoria, Márcio Veiga, acredita que o preço da energia para a indústria comece a cair no País somente a partir de 2017. Ele foi um dos painelistas do seminário "O setor produtivo e a energia: questões e soluções da indústria em tempo de crise energética", organizado pela Firjan no último dia 27 e que contou com a presença do ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, na capital fluminense.
Médio prazo
Para o presidente da Associação Brasileira de Fomento a Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH), Ivo Pugnaloni, se for criado um programa federal de financiamento para o setor e de incentivo a pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), a usinas eólicas e a solares, é possível que a situação melhore em três anos. "Depende da velocidade do governo em convencer o empresário a investir. Se oferecer um preço de compra de energia razoável, não dificultar o trâmite de projetos na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e se repassar recursos para órgãos estaduais que analisam propostas, podemos ter uma explosão de projetos", diz.
Pugnaloni afirma que há 9 mil MW de potência instalada, o equivalente a dois terços da Itaipu, em projetos prontos para irem a leilão, somente de PCHs. Ele culpa o uso equivocado de premissas para definir a garantia física de usinas, por parte do governo federal, como motivo para a crise hídrica. Assim, diz, não se investiu o que era preciso em novas geradoras de eletricidade e cita que somente neste ano os leilões começaram a oferecer preços atrativos às PCHs. "Por isso, o País gastou US$ 40 bilhões com petróleo para termelétricas."
Mesmo a média nacional já é considerada elevada. O valor de R$ 534,28 por MWh colocou o País no topo da comparação com 27 países feita pela Firjan, à frente de Índia e Itália, que se mantiveram como líderes nos últimos anos. O valor reduz a competitividade da indústria frente a concorrentes estrangeiros e interfere na decisão de empreendedores na escolha do local para a instalação de fábricas.
Em maio de 2014, o custo médio era de R$ 310,70/MWh e o Brasil tinha a 11ª energia mais cara. Vice-presidente da entidade, Carlos Mariani afirma que a alta foi de 48% no País somente nos três primeiros meses do ano e que deve aumentar, porque boa parte das distribuidoras divulgará reajustes até dezembro.
O maior uso de termelétricas para geração de energia está entre os principais fatores que elevaram o preço no País devido à crise hídrica, fato agravado pela falta de planejamento do governo federal, dizem especialistas. Ainda, eles citam que a alta tributação, que no Paraná totaliza 34,5% entre impostos federais e estaduais, atrapalha.
Nesse cenário, o presidente da PSR Consultoria, Márcio Veiga, acredita que o preço da energia para a indústria comece a cair no País somente a partir de 2017. Ele foi um dos painelistas do seminário "O setor produtivo e a energia: questões e soluções da indústria em tempo de crise energética", organizado pela Firjan no último dia 27 e que contou com a presença do ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, na capital fluminense.
Médio prazo
Para o presidente da Associação Brasileira de Fomento a Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH), Ivo Pugnaloni, se for criado um programa federal de financiamento para o setor e de incentivo a pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), a usinas eólicas e a solares, é possível que a situação melhore em três anos. "Depende da velocidade do governo em convencer o empresário a investir. Se oferecer um preço de compra de energia razoável, não dificultar o trâmite de projetos na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e se repassar recursos para órgãos estaduais que analisam propostas, podemos ter uma explosão de projetos", diz.
Pugnaloni afirma que há 9 mil MW de potência instalada, o equivalente a dois terços da Itaipu, em projetos prontos para irem a leilão, somente de PCHs. Ele culpa o uso equivocado de premissas para definir a garantia física de usinas, por parte do governo federal, como motivo para a crise hídrica. Assim, diz, não se investiu o que era preciso em novas geradoras de eletricidade e cita que somente neste ano os leilões começaram a oferecer preços atrativos às PCHs. "Por isso, o País gastou US$ 40 bilhões com petróleo para termelétricas."
Matéria de capa da Folha de Londrina de 06 de Abril de 2015
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