O livro é resultado de um estudo de
documentos relacionados à vulnerabilidade da criança e do adolescente
elaborados desde 2001. Os 450 exemplares serão distribuídos para
profissionais que atuam na defesa do direito à infância, como
coordenadores de abrigo, secretários municipais e imprensa, entre outros
agentes sociais.
Com base em documentos gerados pelo
Sistema de Informações para a Infância e Adolescência (SIPIA), Sistema
de Informações de Agravos de Notificações (Sinan), Disque 100 e o Censo
de 2010, a publicação aponta os problemas, ações já realizadas e
possíveis soluções para diminuir o número de crianças em situação de
risco em Foz do Iguaçu.
Segundo levantamento do Grupo
Marista, a falta de continuidade de políticas públicas para combater a
violência e a exploração sexual contra crianças e adolescentes acaba
fragilizando o trabalho. Apesar das campanhas e ações para combater o
problema, os índices ainda são altos.
Para Valternir Lazarini, um dos
colaboradores do livro, a falta de orçamento específico para essas ações
em defesa da criança e do adolescente ocorre pela descontinuidade de
programas. “Em Foz, temos projetos nesta área desde 2001, mas eles não
entram no orçamento municipal ou estadual. As ações são pontuais. Por
não serem permanentes, a impressão é que estamos, a cada iniciativa,
começando do zero”, reforçou.
Avanços
A publicação aponta os problemas,
mas também mostra os esforços da cidade para erradicar a violência
sexual contra a criança e o adolescente. Em 2003, Foz ganhou a primeira
Casa Abrigo. Com o apoio da Itaipu, acidade também passou a contar com o
Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) e Núcleo de
Proteção à Criança e ao adolescente Vítima de Violência (Nucria). O trabalho da Rede Proteger é um outro bom exemplo.
Para Maria Emília Medeiros, da
Equipa de Assistência da Diretoria Geral (AS.GB), esse estudo, com
certeza, contribuirá para avaliar o trabalho desenvolvido e traçar novos
rumos. “Precisamos de informações atualizadas para a implantação de
projetos e programas. Esse levantamento é uma espécie de guia”.
A socióloga Graça Gadelha, também
colaboradora do livro, explica que a partir dessa coleta de dados será
possível lutar com mais força para que haja políticas públicas e
orçamentos em defesa das crianças.
O livro fala também sobre o que é violação de direitos, a diferença entre abuso e exploração sexual e tráfico.
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