No dia 10, técnicos da Coordenadoria de Energias Renováveis da Itaipu, apresentarão o layout da oficina a ser montada em um galpão dentro da própria cadeia.
O segundo passo será a capacitação de 30 detentas que trabalharão na linha de produção. A meta é fabricar ao menos uma cadeira e um carrinho por dia.
A reunião para definir detalhes do projeto ocorreu na manhã desta quinta-feira, (22), na instituição carcerária com a presença do assistente do diretor-geral da Itaipu, Joel de Lima; do Coordenador de Energias Renováveis da Itaipu, Cícero Bley Jr; do diretor da Cadeia Pública, Giovani Assis Leidentz; do diretor de Direitos Humanos da SEJU, José Antônio Gediel e representantes da Fundação Roberto Marinho, Unioeste e Instituto Gerar.
Segundo Joel, a instalação desta oficina faz parte de um projeto da Itaipu em parceria com as demais entidades de promover a ressocialização dos detentos da cadeia pública. “O trabalho vai desde o acompanhamento jurídico dos apenados e suas famílias, passando pela alfabetização e elevação do nível de escolaridade, até a capacitação profissional, na qual entra a produção desses produtos”, explicou.
De acordo com Joel, a fabricação dos carrinhos, que serão utilizados pelos catadores de materiais recicláveis, busca atender uma demanda social com um custo acessível, além das cadeiras de rodas motorizadas a serem distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Já as placas solares serão utilizadas pelo próprio sistema prisional. “Nossa proposta é oferecer dignidade a essas pessoas e, ao mesmo, integrá-las à sociedade. Quando terminarem de cumprir suas penas, terão uma profissão da qual se orgulhar”.
“Esse projeto permitirá a eliminação da ociosidade e promoverá a valorização humana das presas. A cadeia precisa ser vista como um tratamento social. Essa oficina, com certeza, será um dos remédios, pois aprenderão a ter disciplina e terão seu trabalho valorizado”, afirmou o diretor da cadeia. Para cada três dias de trabalho na fábrica, a detenta terá um dia de remissão (descontado da pena).
Na prática
Cicero Bley explicou que a Itaipu montará a oficina e dará todo o suporte técnico, e caberá à SEJU fornecer o material. Assim, será possível produzir os carrinhos elétricos com um custo 60% menor. A justificativa é a não-tributação e por não visar lucro.
A meta é produzir ao menos um carrinho e uma cadeira de rodas por dia. “Ao final do ano teremos uma produção de 250 carrinhos e 250 cadeiras. Essa é a quantidade já produzida por Itaipu nos últimos quatros anos”, explicou.
“Queremos que esta fábrica seja uma ponte entre as detentas e o mundo do trabalho”, destacou José Gediel.
O caminho é por ai mesmo nobre Joel, buscar a ressocialização de todas as maneiras possíveis. Frutos colheremos no futuro.
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