O Plano Trinacional de Enfrentamento a Violência elaborado por autoridades brasileiras, paraguaias e argentinas tem como prioridade investir em ações voltadas a estimular o protagonismo juvenil. Investir nos mecanismos utilizados por eles, como por exemplo, nas redes sociais para disseminar informações sobre a violência sexual, exploração e maus-tratos contra crianças e adolescentes. Também incentivar a denúncia. E
divulgar materiais das campanhas entre os adolescentes.
O documento foi elaborado durante os dias 9 e 11, num encontro coordenado pela Estratégia Regional de Enfretamento ao Tráfico de Crianças e Adolescentes (PAIR-Mercosul), com o apoio da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu. A proposta foi encontrar pontos semelhantes para a adoção de medidas e estratégias comuns entre os municípios, assim, fortalecer o enfrentamento da exploração sexual de meninos e meninas na região.
Conforme explica Gladis Mirtha Baez, coordenadora do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), da Itaipu, é preciso envolver toda a comunidade no combate a esses crimes, inclusive, os próprios adolescentes. “As crianças são as principais prejudicadas ou beneficiadas. Quando elas conhecem seus direitos e os perigos que correm, sabem como se defender ou buscar ajuda”, disse.
O documento prevê ainda identificar os jovens em situação de vulnerabilidade na região da Tríplice Fronteira, bem como capacitar os profissionais que atuam nesta área. Outra ação prevista no plano é incentivar a sociedade civil a participar das redes de mobilização de combate à violência contra o público infantojuvenil e campanhas publicitárias.
O Plano será apresentado em dezembro na Reunião das Altas Autoridades em Direitos Humanos e Chancelarias do Mercosul. “Fizemos o levantamento da situação local e regional. O próximo passo, será colocar as ações em prática”, destacou Mirtha.
O projeto
O projeto, coordenado pelo PAIR, começou em 2009 envolvendo além dos três países, também o Uruguai. Desde então foram desenvolvidas várias ações, como diagnóstico que levantou a situação de cada uma das cidades e um seminário com moradores de Foz do Iguaçu e pessoas ligadas ao atendimento de jovens. O resultado foi a elaboração de um plano local. O mesmo processo foi seguido em 14 cidades, que previram capacitações das redes de atendimento.
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