A Polícia Federal deu início, na manhã desta quinta-feira (10) à fase operacional do projeto Vant (Veículo aéreo não tripulado). A PF é a primeira força policial do mundo a utilizar esse tipo de aeronave, originalmente desenhada para operações militares. O veículo consegue filmar e fotografar com nitidez objetos no solo mesmo voando a uma altitude de 10 km e será utilizado para combater o narcotráfico, o tráfico de armas e o contrabando na região de fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
A solenidade de inauguração contou com a presença dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), os prefeitos Armando Luiz Polita (São Miguel do Iguaçu) e Paulo Mac Donald Ghisi (Foz do Iguaçu), a Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, o diretor geral da PF, Leandro Coimbra, o diretor de Inteligência da PF, Marcos David Salem, e o diretor geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek.
As autoridades presentes e a imprensa puderam acompanhar uma operação simulada da PF com participação do Vant, em que um barco que atravessa o lago da Itaipu é abordada por policiais federais. Toda a ação é filmada pela aeronave que sobrevoa o local a 4 mil metros de altitude. “As asas do Vant tem uma envergadura de 16 metros e possibilitam fazer um voo de maneira a manter a imagem nítida e estável, dando maior segurança para os agentes que estão fazendo a operação”, explicou o delegado Alessandro Moretti, coordenador do projeto.
O projeto Vant prevê a utilização de 14 aeronaves em quatro bases (duas na fronteira Oeste, uma na Região Amazônica e uma em Brasília), que entrarão em operação nos próximos cinco anos. A de São Miguel do Iguaçu é a primeira a entrar em operação. “O Brasil tem que cuidar de 16 mil km de fronteiras. É um grande desafio que só será vencido com tecnologia e com parceria entre as polícias, as forças armadas e a sociedade em geral”, afirmou o ministro Cardozo.
O início da operação do Vant não irá contribuir apenas para as condições de segurança da fronteira e do lago da Itaipu, mas irá impactar também no turismo. É a avaliação do diretor Jorge Samek. “Queremos que o reservatório, que fornece a matéria-prima para a produção de energia, seja também local para o lazer, a pesca e prática de esportes aquáticos e não o cenário de atividades ilícitas. Dessa forma, a Polícia Federal está contribuindo para mudar a face dessa fronteira que cada vez mais se configura como um grande destino turístico”, afirmou Samek.
A Itaipu tem convênios com a Polícia Federal e com a Marinha para trabalhar de forma integrada no patrulhamento do lago da hidrelétrica. A Itaipu doou três lanchas blindadas para a PF, além da base náutica para esse tipo de operação.
Fonte: Assessoria
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