A empresa repassará de R$ 20 a R$ 38 para cada litro do insumo que estiver em condições industriais, que os hemocentros poderão empregar na compra de maquinário, manutenção de equipamentos, contratação de profissionais, além da melhoria do controle da qualidade do plasma.
A parceria com os hemocentros entra numa segunda fase com esses acordos. A colaboração entre a empresa e os hospitais começou em 2008, com a doação de equipamentos específicos para manter a qualidade do plasma. A Hemobrás já distribuiu 38 blast freezers e 15 freezers verticais a – 30º C, para congelamento rápido e armazenamento do plasma e 25 sistemas de monitoramento da cadeia do frio.
Parcerias – Já foram firmadas parcerias com os serviços de hemoterapia de Ribeirão Preto (Hemocentro RP), de Brasília, Minas Gerais (Hemominas), Pernambuco (Hemope), Bahia (Hemoba), Rio de Janeiro (Hemorio), São Paulo (Pró-Sangue e Colsan) e Santa Catarina (Hemosc).
O objetivo é ter um fluxo de ao menos 300 mil litros por ano, para ter a matéria prima necessária quando a fábrica de Pernambuco estiver pronta, em 2014. A unidade tem capacidade de processar até 500 mil litros anuais. A Hemobrás não pagará pelo plasma, o que é proibido pela Constituição (parágrafo 4° do artigo 199).
Setor estratégico – O SUS consome US$ 800 milhões anuais em derivados de sangue importados, que serão fornecidos pela estatal quando a fábrica entrar em operação. Além da garantia de fornecimento, o Brasil passará a dominar a tecnologia dessa linha de medicação. A planta industrial em construção em Pernambuco está orçada em R$ 670 milhões, entre obras civis, instalações e equipamentos.
Atualmente, os serviços de hemoterapia coletam 3,6 milhões de doações de sangue por ano no País. A maior parte das bolsas é usada sem passar por processos industriais no próprio hospital.
Ampliação de tratamento no sistema público
A Hemobrás é estratégica para ampliar o acesso ao tratamento no sistema público de saúde, assim como as fábricas públicas de vacinas e outros tipos de fármacos (antirretrovirais, por exemplo) no País. Com a operação da fábrica em Pernambuco, a expectativa é que o Brasil diminua a vulnerabilidade do mercado externo e fortaleça o complexo industrial da saúde. Além disso, a formação de mão de obra altamente especializada para a indústria farmacêutica deverá impulsionar o desenvolvimento socioeconômico, com a geração de emprego, renda e redução da pobreza.
Fonte: Em questão – Governo Federal
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