sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Joel de Lima: curso de Medicina em Foz volta a ser pauta

Expansão de rede de ensino integra política para desenvolvimento regional e erradicação da miséria 
Joel de Lima e o reitor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Alcebíades Orlando, participam no dia 30, em Brasília, de uma reunião para solicitar agilidade no processo de implantação do curso de medicina em Foz do Iguaçu.

"Auxiliarei o reitor porque há vários anos discutimos o assunto nas reuniões do Grupo de Trabalho Itaipu Saúde, também à pedido da Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann", diz. 

Em dezembro, a Itaipu, o governo do Estado do Paraná, a Prefeitura de Foz do Iguaçu e a Fundação de Saúde Itaiguapy assinaram o termo de cooperação para formalizar o curso de Medicina em Foz do Iguaçu.

A reunião é resultado do "Plano de Expansão da Rede Federal de Ensino".

A interiorização do desenvolvimento econômico e social é o principal norteador da terceira fase de expansão da rede de ensino e pesquisa federal, que deverá abrir 250 mil vagas de ingresso nas universidades federais e de 600 mil matrículas nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, em 2014.

Além de democratizar o acesso ao conhecimento, os projetos estão integrados aos Arranjos Produtivos Locais e aos grandes investimentos industriais e de infraestrutura, de modo a qualificar profissionais e desenvolver tecnologias necessárias ao progresso com distribuição de renda. 

Do ponto de vista da erradicação da miséria, a escolha dos locais procurou responder à injustiça histórica, que manteve grandes áreas do País sem desenvolvimento econômico. Ao critério de espalhar as unidades de acordo com a divisão regional, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram adicionados outros dois: combater a formação de grandes cidades dormitórios e atender às regiões rurais de menor desenvolvimento humano. Neste sentido, foram contempladas 83 das 103 cidades com mais de 80 mil habitantes e menos de R$ 1 mil de investimento per capita por ano; e apenas 3 dos 120 Territórios da Cidadania não receberam um instituto ou universidade porque não têm a densidade demográfica que justificasse o investimento.

Outros critérios de escolha foram os baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb) e a porcentagem de jovens de 14 a 18 anos nas séries finais do ensino fundamental.
Foram considerados também a alta porcentagem de extrema pobreza e o objetivo de atender municípios ou microrregiões com população acima de 50 mil habitantes. O plano leva em consideração ainda a meta de atender a todas as mesorregiões brasileiras com ao menos uma unidade de ensino federal.

Números – A União vai investir cerca de R$ 7 milhões por unidade de educação profissional e R$ 14 milhões no caso de campus universitário. O plano de expansão prevê a criação de quatro universidades federais, a abertura de 47 campi universitários e 208 unidades dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, construídos em parceria com as prefeituras que doam os terrenos.

Até 2012, a meta é concluir 20 campi universitários em oito estados e 88 unidades de institutos federais em 25 estados e o Distrito Federal. A previsão para as demais unidades é até o final de 2014.
O plano implicou a criação de quatro novas universidades, sendo duas na Bahia e as outras no Pará e no Ceará.

Os detalhes do perfil econômico e social das regiões atendidas podem ser verificados em  base de dados do Ministério da Educação.

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