terça-feira, 24 de maio de 2011

Fronteira estuda cadastro único de acidentes de trabalho



Palestrantes mostram os dados sobre casos de acidente de trabalho na fronteira de Brasil, Argentina e Paraguai, nesta segunda (23), no PTI.
 
A região da Tríplice Fronteira poderá ter um cadastro único com números e causas de acidentes de trabalho de profissionais da saúde. A criação do banco de dados integrado foi um dos assuntos tratados por profissionais da saúde do Brasil, Paraguai e Argentina que se reuniram nesta segunda-feira (23), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), para discutir esse tipo de ocorrência trabalhista nos ambientes hospitalares dos três países.
  
O encontro foi organizado pelo Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT Itaipu-Saúde).

Segundo a enfermeira Denise Almeida, da Comissão de Saúde do Trabalhador, os encontros pretendem conhecer a realidade nos três países para depois criar um cadastro único na fronteira.
  
“Sabemos que há muitos casos de acidentes de trabalho, mas poucos são notificados, sobretudo, na área da saúde”, disse.
  
“Pelo menos metade pode ser evitada. Queremos conhecer as causas para depois trabalhar a prevenção”, concluiu Denise (foto ao lado).
  
Em junho, o debate será sobre doenças relacionadas ao trabalho como Lesão por Exercícios Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
  
Materiais biológicos
  
A enfermeira Geovana Monteiro, do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest), de Horizonte, no Ceará, explicou que, apesar da subnotificação, os hospitais são um dos ambientes mais perigosos para os profissionais. “Pelo menos 50% dos auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos já foram vítimas de acidentes”, disse.
  
Nestes casos, a maior incidência é a contaminação por materiais biológicos, ou seja, sangue ou fluídos corporais. Uma das causas apontadas por Geovana é a carga horária excessiva. “Estressados e cansados, o cuidado reduz. Com isso, o risco de um corte ou furo com materiais cortantes aumenta”.
   
Reunião
 
Nesta terça-feira (24), no PTI, os profissionais de saúde dos três países participam da 88ª reunião do Grupo. Entre os temas a ser debatidos, as patologias bucais decorrentes de quimioterapia e radioterapia.

Fonte: JIE

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