Do universo de 40 mil pessoas entre 60 e 80 anos de idade, que vivem em Foz do Iguaçu, Puerto Iguazú e Ciudad Del Este, serão ouvidos aproximadamente 4 mil pessoas, ou seja, 10% do total.
O objetivo é ter um instrumento capaz de auxiliar os gestores de saúde, tanto do Brasil, como da Argentina e do Paraguai, na definição de políticas públicas para o setor. Será a primeira vez que uma pesquisa como esta vai analisar a qualidade de vida dos idosos nos três países.
Segundo a fisioterapeuta especialista em geriatria Rutinéia Gatto (foto ao lado), da Comissão de Saúde do Idoso do GT-Saúde, o levantamento deveria ter sido feito em junho, mas o grupo optou por esperar a aprovação da universidade, para que o trabalho tenha caráter científico. “Com o aval da Unioeste, nosso estudo terá mais credibilidade”, afirmou.
A oferta de mais leitos hospitalares, a construção de academias para a terceira idade, vacinas e a aquisição de remédios para determinadas doenças são alguns dos exemplos de ações que poderão ser adotadas, a partir dos dados obtidos na pesquisa.
Idoso pergunta a idoso
A pesquisa deve ser aplicada em fevereiro, mas em janeiro já serão capacitados os pesquisados. Serão 20 brasileiros, 20 paraguaios e 20 argentinos.
Pelo Brasil, boa parte dos pesquisadores será formada por um grupo de idosos. São acadêmicos da Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati), que tem como gestora a própria Unioeste, em parceria com Itaipu.
Para a fisioterapeuta Rutinéia Gatto, a participação de idosos no levantamento trará uma série de benefícios ao estudo. “É mais tranqüilo um idoso falar detalhes de sua vida, seus costumes e da sua saúde para outro idoso, do que para um jovem”, afirmou. Outro ponto avaliado pela comissão é oferecer aos estudantes uma nova oportunidade de trabalho.
De acordo com o coordenador do GT-Itaipu Saúde, Joel de Lima, a proposta é conhecer a realidade de uma população que cresce a cada ano. Segundo ele, somente assim será possível desenvolver políticas públicas e ações capazes de melhorar a qualidade de vida da população.
Fonte: JIE
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