terça-feira, 28 de setembro de 2010

Rede conhecerá, ainda este ano, o número de adolescentes em situação de risco



Integrantes da Rede Proteger durante reunião na última sexta-feira pela manhã, no Refúgio Biológico Bela Vista.

A Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente (Rede Proteger) pretende concluir até o final de dezembro um levantamento sobre o número de meninos e meninas em situação de risco em Foz do Iguaçu.
   
Uma das 30 instituições da Rede, que prefere não ser identificada para evitar problemas na pesquisa, está fazendo um mapeamento em todos os bairros de Foz. O diagnóstico deverá servir como parâmetro para novas ações de combate à exploração sexual infanto-juvenil.
  
O último levantamento sobre crianças e adolescentes em situação de risco em Foz havia sido feito em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na época, o relatório apontou pouco mais de 3 mil crianças e adolescentes vulneráveis na faixa entre Brasil, Paraguai e Argentina. Os dados serão cruzados com outros levantamentos, que estão sendo feitos em paralelo à pesquisa, sobre o perfil de jovens e adolescentes vítimas de violência.

        
Para Gladys Mirtha Baez, coordenadora do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), da Itaipu, com estes novos diagnósticos será possível também mensurar os avanços no trabalho de prevenção e proteção de meninos e meninas feito na Tríplice Fronteira desde 2003.
   
Caminhoneiros e bordéis

  
De acordo com alguns resultados preliminares da pesquisa, a região de Três Lagoas apresenta a maior incidência de adolescentes em situação de risco. A maior vulnerabilidade seria reflexo direto da grande quantidade de casas de prostituição e bordeis no bairro e da grande concentração de caminhoneiros nas proximidades.
    
"Neste primeiro momento estamos apenas identificando os locais e o número de crianças vivendo da prostituição ou sendo exploradas", explicou Marco Antônio, coordenador da pesquisa. Todo o trabalho é feito com muito cuidado para evitar o afastamento dos menores e o esvaziamento da pesquisas. Em apenas uma noite – próximo a uma casa de shows, na região central de Foz do Iguaçu – o pesquisadores abordaram 20 adolescentes que estariam se prostituindo.


Fonte: JIE

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