O seminário foi aberto pelo presidente Lula, no Hotel Rafain Palace, em Foz do Iguaçu.
Representantes das instituições especializadas na assistência das crianças abandonadas ou retiradas dos pais biológicos receberam, durante o seminário, kits com vídeos, revistas e folders contendo informações sobre como recrutar e treinar as famílias acolhedoras. As iniciativas devem começar nos próximos dias.
No entendimento de Maria Matilde Luna, presidente da Rede Latino-Americana de Acolhimento Familiar (Relaf), não é simples abrigar uma criança que foi mal tratada ou até explorada. E na maioria das vezes, pelos próprios pais. Mas o abrigo pode ser o primeiro passo à adoção. “Famílias e acolhidos precisam de acompanhamento psicológico”, explicou.
Interessados em ser pais acolhedores, devem procurar as secretarias de Ação Social de seus municípios.
Casas lares
Segundo Maria, Brasil, Paraguai e Argentina possuem boas experiências em acolhimento, mas em diferentes estágios. Nestes países, boa parte das crianças abandonadas ou retiradas dos pais biológicos vive em casas lares. No entendimento dela, apenas uma medida intermediária. “Antes de ganhar uma nova família, é importante para a criança viver em casas lares, par conviver com pessoas treinadas para dar assistência psicoterapêutica”, explicou.
Dos três países, o Brasil mantém as melhores práticas. Todos os municípios seguem orientações do Governo Federal. No Paraguai, o governo não possui cadastro das instituições especializadas, enquanto na Argentina, apenas Posadas, a capital da província (estado) de Misiones, recebe recursos para atender crianças em situação de risco.
Na Guatemala
Um dos exemplos bem-sucedidos apresentados no seminário é aplicado na Guatemala, onde as instituições começaram a convocar pessoas com perfil especial. As famílias são formadas por educadores ou psicólogos, porque os novos pais devem estar preparados para cuidar e dar carinho aos jovens com distúrbios ou traumas. O modelo pode ser aplicado na tríplice fronteira e também nos demais países do continente.
O apoio de Itaipu
Para Gladis Mirtha Baez, coordenadora do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA) da Itaipu, a empresa apoia esse tipo de evento porque tem um compromisso com a infância. Ela acredita que crianças bem cuidadas, amadas e tendo seus direitos garantidos, serão, no futuro, adultos bem-sucedidos e felizes. “Ao cuidar dessas crianças, estamos preparando uma região de paz”, afirmou. E completou: “Apesar de falarmos em famílias acolhedoras, nada substitui um ambiente saudável ao lado dos pais biológicos”.
Fonte: JIE
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